sexta-feira, 25 de maio de 2012

Solidão

Pálido luar 
Alguns grilos 
quebrando a monotonia 
desta noite de ansiedade. 
Olho para o firmamento, 
um nevoeiro intenso 
passa veloz pela lua. 
Lembro você em algum lugar 
e imagino 
que em teu pensamento 
não existe
nenhum fragmento
deste universo 
que tão ardentemente 
e loucamente 
estou a te oferecer. 
Agora 
as nuvens sumiram 
a noite brilhou intensamente
mas...
em minha mente 
tudo o que há 
é uma tênue lembrança 
da tua imagem 
do teu olhar 
uma tremenda ilusão 
e nada mais. 
Então... 
Chego a pensar 
em me transformar 
numa gota de orvalho 
para pousar em teus lábios 
enlouquecer em tua boca. 
Escorrer pelo corpo 
até ser absorvido 
pelo seu calor. 

Publicado na Coluna Literária, maio de 76.

3 comentários:

  1. 26 e 17 nossas idades naquele distante carnaval

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  2. Luiz que lindo....
    É uma solidão que dói... sentida...

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  3. A verbalização de uma das maiores forças da natureza humana: a paixão! O amor verdadeiro vem depois, mais lúcido, a solidificar definitiva e eternamente a relação a dois!

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