segunda-feira, 28 de maio de 2012

Foi Um Sonho

Livre, completamente livre.
Sem temor do tempo,
sem horários, sem convenções.
Murais pintados
e decorados.
Suntuosidade total.
Ricos tapetes
trabalhados.
Baixelas de prata, 
tetos dourados,
inebriantes perfumes,
bebidas finas,
muito sol
nas azuis piscinas,
mulheres,
mais lindas que o luar,
de pele macia,
bronzeadas,
sedentas
e prontas para amar...
De repente
um apito estridente...
é a fábrica.
Cambaleante,
com sono,
procuro água,
passo em meus olhos.
Saio correndo,
espraguejando.
Foi um sonho... um sonho...
Apenas um SONHO.

Publicado na Coluna Literária, fevereiro de 77.

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